Após Greve e aprovação da Lei Orgânica Polícia Civil retoma operações.

Após Greve e aprovação da Lei Orgânica Polícia Civil  retoma operações

 

A operação "Legalidade II", realizada nesta quarta-feira (27) pela Polícia Civil terminou com 452 pessoas presas, 10 armas apreendidas, além de um quilo e 300 gramas de crack, nove quilos de maconha e quatro quilos e meio de cocaína, em Minas. O resultado da ação superou os números da primeira versão da operação, que aconteceu em maio deste ano, onde 364 pessoas foram presas.

A ação aconteceu simultaneamente em outros estados e integra a operação "Mais segurança", que começou no dia 18 deste mês e vai até o dia 31 de dezembro em todo o Estado.

Somente pela Divisão de Operações Especiais (Deosp), foram apreendidos oito quilos de maconha e em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a polícia localizou dois quilos de crack e prendeu um suspeito de tráfico de drogas de Rondônia. Já pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio foram presos os responsáveis por dois laboratórios de produção de CDs piratas, sendo um deles, um chinês. Todos foram conduzidos à Polícia Federal.

O foco da operação, segundo o superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, Jefferson Botelho, são as quadrilhas de tráfico de drogas, uso de explosivo em caixas eletrônicos e roubos de cargas e homicídios. “Nosso esforço é para reduzir os índices de criminalidade violenta em todo o Estado e com isso contribuir para o aumento da sensação de segurança”, disse.

Ainda de acordo com o superintendente, as prisões têm caráter também preventivo, principalmente para os casos de violência doméstica, tendo em vista que entre os alvos estão pessoas que descumpriram medidas previstas pela Lei Maria da Penha.

A ação demandou cerca de dois mil policiais, 600 viaturas e os 18 departamentos territoriais da Polícia Civil de Minas, além de outros departamentos que reúnem as delegacias especializadas de Antidrogas, Homicídios, Patrimônio e Orientação e Proteção à Família.

“São 80 homens para monitorar cem cidades”

Qual é a principal dificuldade da investigação destas quadrilhas?


Aqui, é uma área muito extensa. Somos 80 homens, juntando as equipes de Uberaba e Uberlândia, para monitorar mais de cem municípios. Algumas cidades estão a 500 Km da sede da Polícia Federal. Já há relatos de pousos de aeronaves de traficantes em Unaí, no Noroeste de Minas. Além disso, é preciso um melhor monitoramento aéreo, feito com frequência, para saber a procedência dos aviões que estão pousando aqui. Ainda tem a questão da legislação. Prendemos traficantes que conseguem habeas corpus e respondem o processo em liberdade. Os que conseguimos manter presos continuam operando o esquema do presídio, com comparsas que estão soltos.

O que tem motivado esse crescimento do tráfico de drogas passando pelo Triângulo?

O alto lucro e o baixo risco. A região possui características propícias para esses pousos, mas até então não tinha um histórico de crimes assim. Era muito comum no Oeste paulista. Agora, eles estão focados aqui. Por isso, estamos aumentando as operações para cessar esse crescimento. Também estamos investindo no treinamento dos agentes policiais.

E como os pilotos são contratados?

Há pilotos experientes que já estão no esquema. Mas, cada vez mais, eles estão indo a escolas de aviação para aliciar pilotos novos e até entrando em contato com pilotos agrícolas, para fazer essa rota.

Fonte: O Tempo