Após encontro com líderes sindicais, deputados vão analisar reivindicações.

Após encontro com líderes sindicais, deputados vão analisar reivindicações.

Lideranças sindicais, em greve geral nesta quinta-feira (11), se reuniram com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Dinis Pinheiro (PSDB), e entregaram um ofício com reivindicações regionais. O grupo também reforçou a pauta nacional, que pede aumento geral dos salários e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. De acordo com a assessoria da ALMG, ao término, o presidente se comprometeu a identificar e analisar todos os projetos em tramitação que tratam das demandas apresentadas.

O encontro, nesta manhã, reuniu representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Também participaram os deputados Rogério Correia (PT) e Gilberto Abramo (PRB).

De acordo com a assessoria da Assembleia, as principais reivindicações recebidas tratam da criação de um piso salarial por grupos de ocupação no estado, previsto no Projeto de Lei 77/2011, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça; aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 23/12, que altera a Lei Orgânica da Polícia Civil; garantia do direito à greve; valorização dos servidores públicos; anistia aos professores grevistas de 2011; reforma agrária; além de saúde, educação e transporte de qualidade.

Uma reunião foi marcada pelo presidente para o dia 6 de agosto com o Colégio de Líderes da Assembleia – formado por lideranças partidárias, de blocoa, do governo e pela Mesa Diretora – para dar seguimento à análise das pautas do movimento. Segundo Dinis, todas as demandas serão levadas aos deputados e às comissões temáticas. Após a reunião, o deputado seguiu para o plenário, onde preside votações.

A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi uma das participantes da reunião e disse que esperava mais “agilidade”. “Na verdade, eu esperava um compromisso mais concreto. Afinal, a pauta de reivindicações não é nova. Os poderes Executivo e Legislativo deveriam ser mais ágeis no atendimento das reivindicações da população", disse. Segundo ela, que também representa o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), foi cobrado também do governo o cumprimento do pagamento do piso salarial para servidores da educação.

Sobre a cobrança feita pelo Sind-UTE, o governo respondeu, por meio de nota, que cumpre o piso salarial estabelecido pelo Ministério da Educação. Segundo a nota, em Minas, a remuneração inicial da carreira é de R$ 1.386,00 para uma jornada de trabalho de 24 horas semanais, que, proporcionalmente, é 47,42% superior ao piso nacional para 40 horas.

Dia Nacional de Lutas e Paralisações
Centrais sindicais e movimentos sociais participam nesta quinta-feira (11) do Dia Nacional de Lutas e Paralisações. Em Belo Horizonte, os atos foram convocados por sete centrais sindicais e pela Assembleia Popular Horizontal, movimento que ocupou a Câmara Municipal durante mais de uma semana. A concentração dos protestos começou na Praça Sete, no meio da manhã. Serviços de transporte foram afetados.

Fonte: G1