O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG), Wemerson Oliveira, participou de uma reunião estratégica com o secretário adjunto da Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG) e a Chefe da Polícia Civil, Dra. Letícia Gamboge. O encontro teve como pauta central a discussão sobre a reestruturação e unificação das carreiras policiais, além da cobrança de passivos administrativos urgentes.
O Sindpol-MG adotou uma postura firme: qualquer mudança na estrutura de cargos deve vir acompanhada de ganho real para o servidor.
Unificação só com Valorização
Durante a reunião, Wemerson Oliveira deixou claro que a categoria não aceitará um “pacote pronto” que resulte apenas em acúmulo de funções. Para o sindicato, a unificação de cargos precisa estar alicerçada em três pilares: modernização da Polícia Civil, desburocratização da investigação e, fundamentalmente, valorização salarial.
“Nós não podemos aceitar, mais uma vez, unir atribuições, juntar atribuições, aumentar serviços sem ter valorização. Inclusive, isso a própria Constituição diz: aumento de atribuição tem que ter contrapartida”, afirmou Wemerson.
Ficou acordado que, em fevereiro, o Sindpol-MG entregará um documento oficial ao governo detalhando as condições e o modelo de unificação que defende os interesses dos policiais civis, incluindo a correção de erros históricos.
Correção Histórica: Fim dos Quadros I e II
Um dos pontos cruciais levantados pelo presidente foi a necessidade de corrigir a distorção criada em 2010, referente aos antigos cargos de Agente de Polícia e Auxiliar de Necropsia.
“Temos que acabar com esse quadro 1 e 2, que fizeram em 2010 ao unificar, sem valorização, e elevaram para nível superior”, destacou, reforçando que a nova estrutura não pode repetir as injustiças do passado.
Cobrança por Promoções e Aposentadorias
O Sindpol-MG também pressionou o governo pela regularização da vida funcional dos servidores. Wemerson cobrou a liberação imediata de verbas por parte do governador Romeu Zema para colocar em dia as promoções e progressões atrasadas.
Além disso, foi exigida agilidade na publicação das aposentadorias dos policiais que já cumpriram seu tempo de serviço e aguardam a oficialização para irem para a inatividade.
Esperança para os Excedentes de 2024
Outra pauta prioritária foi o chamamento dos excedentes do concurso público (Edital 04/2024) para investigador. O sindicato solicitou a convocação de todos os aprovados em todas as fases.
Segundo Wemerson, a resposta da Chefia foi positiva. “A Dra. Letícia falou com a gente que vai fazer um esforço tremendo junto ao governo para que chame esses colegas e, de acordo com as vacâncias, vá chamando esses excedentes”, relatou. Embora a decisão final envolva orçamento do governo, o compromisso da Chefia de Polícia foi visto como um avanço.
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