A derrubada dos vetos ao PL do Propag pelo Congresso Nacional eliminou a última justificativa apresentada pelo governo Romeu Zema e pelo vice-governador Matheus Simões para não conceder a recomposição salarial aos profissionais da segurança pública de Minas Gerais. Agora, o Sindpol/MG exige que o Estado cumpra o que prometeu publicamente: enviar imediatamente à Assembleia Legislativa o projeto que garante a recomposição inflacionária dos servidores.
Nos últimos anos, a inflação corroeu mais de 50% do poder de compra dos policiais civis — uma perda acumulada devastadora, que afeta diretamente a qualidade de vida, a motivação e as condições de trabalho da categoria. Ainda assim, o governo insiste em negar a recomposição, enquanto sustenta um discurso de austeridade que não condiz com os números.
O próprio vice-governador, Mateus Simões, afirmou recentemente que a recomposição de 5% referente a 2024 dependia da derrubada dos vetos. A condição foi cumprida. O obstáculo caiu.
E agora, governo?
Governo Zema segue priorizando isenções bilionárias
Enquanto policiais civis, penais, militares, bombeiros e socioeducativos acumulam perdas salariais, o Governo de Minas decidiu manter mais de R$ 25 bilhões em isenções fiscais para grandes empresários. Um valor que seria suficiente para custear mais de 12 anos de recomposição inflacionária de todos os servidores estaduais.
Para o Sindpol/MG, isso comprova que dinheiro não é o problema — falta prioridade, respeito e vontade política.
Sindpol exige valorização imediata
O presidente do Sindpol/MG, Wemerson Oliveira, reforça que a categoria não aceitará manobras ou novas desculpas:
“A queda dos vetos encerra a última narrativa usada pelo governo para negar a recomposição. Agora, esperamos o envio imediato do projeto. Não estamos pedindo aumento; estamos cobrando o que é nosso por direito. A defasagem salarial ultrapassa 50% e continua crescendo. Não aceitaremos mais enrolação.”
Recomposição não é favor — é dever
A recomposição salarial é uma obrigação prevista em lei e essencial para garantir condições mínimas de dignidade aos profissionais que sustentam a segurança pública do Estado. Cada dia de atraso aprofunda a defasagem e agrava a crise de valorização que atinge a Polícia Civil de Minas Gerais.
O Sindpol/MG continuará mobilizado, atento e atuante para garantir que o projeto seja enviado, votado e aprovado o mais rápido possível.
A segurança pública pede respeito.
Os policiais civis exigem valorização.
E o governo já ficou sem desculpas.
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