Em greve, Polícia Civil atende só pela manhã na delegacia

Desde o último sábado (5), a Polícia Civil em Juiz de Fora terminou com a suspensão do movimento grevista iniciada no dia 20 de julho e voltou a cruzar os braços diante do descumprimento, por parte do Governo Estadual, do último acordo, de enviar a proposta na nova Lei Orgânica da Polícia Civil para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Como a revisão da Lei não foi enviada, segundo explica o diretor do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol) da Zona da Mata, Marcelo Armstrong, a categoria deliberou em Minas Gerais pela manutenção do atendimento ao público em 50% do expediente. Em Juiz de Fora, por exemplo, o atendimento em todas as delegacias distritais da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Santa Terezinha, está sendo realizado apenas das 8h30 ao meio-dia.

Após o horário, apenas serviços essenciais, como execução de flagrantes, estão sendo realizados. “O Governo tinha até 31 de outubro para cumprir sua parte e não fez. Minas tem um déficit de 9 mil policiais civis. Queremos a abertura de concurso público”, destaca o delegado. O projeto de lei de iniciativa do Governo, elaborado com a participação da Administração Superior da Polícia e entidades de classe para apreciação da ALMG, trata também de pontos como subsídios, plano de carreira e efetivo. Na próxima quinta-feira (10), a classe se reúne, às 15h, em Belo Horizonte, para deliberar sobre o movimento. Na ocasião, ressalta Armstrong, a classe poderá votar sobre a manutenção dos 30% do efetivo. A primeira greve desse ano durou 70 dias.

Serviço público

Nessa assembleia, servidores públicos de outras instâncias, como saúde e educação, também estarão reunidos e definirão uma paralisação de um ou dois dias, em descontentamento pelo Governo não ter pago o abono de produtividade. Em 2010, esse valor foi pago em setembro.

Fonte: www.tribunademinas.com.br

Data e Hora de acesso: 7 de novembro de 2011, às 16h00min